No marco de seus noventa anos, as memórias de Fernanda Montenegro trazem o frescor de uma artista eternamente genial.Em Prólogo, ato, epílogo, Fernanda Montenegro narra suas memórias numa prosa afetiva, cheia de inteligência e sensibilidade. Conhecemos a saga de seus antepassados lavradores portugueses, do lado paterno, e pastores sardos, do lado materno. Lidas hoje, são histórias que podem parecer um folhetim. Ou uma tragédia gêneros que a atriz domina com maestria.Na turma de jovens que circulavam pela rádio estava Fernando Torres, que ela reencontrou nos ensaios da peça Alegres canções na montanha, quando começaram a namorar. Fernando largou a Panair, Fernanda largou a Berlitz, e o casal se entregou de corpo e alma à arte, paixão de uma vida. Constituíram uma família e realizaram juntos um sem-número de peças, ao lado dos principais nomes do teatro brasileiro.